Harmônica Clepsidra

Harmônica Clepsidra
no condomínio das ações do amanhã
transferência clandestina de poder
não há tentação do espírito
do que correr o risco do sentido por vir.
 
No terraço
ao vento que vai
aos pensamentos que reverberam
vaga-lumes dançam
transeuntes sem reflexão.
 
Na frente cadeado com luz
atrás assustado com a massa rural
não há doce trégua
virando as páginas de um livro ilustrado
do que a zombaria das palavras risonhas.
 
Embriagado com protestos
à mercê do que eles dizem
pena de águia plantada no rosto
a vermelhidão carnívora de nossas bochechas de alabastro
brinca com o aglomerado de vestígios de vida.
 
Entre na grande sala de sal
coisas que mantemos
cuidar do som do eco
voar para o leito das probabilidades e extremidades da esperança
tudo é felizmente próprio.
 
O chamado gemido das coregias
a ascensão moribunda dos réquiems
as batidas pontuadas do campanário de nossa infância
no nenúfar de um silêncio
a musa está lá assobiando sua limonada.
 
Os estorninhos passarão em tropas assustadas
a presa e a sombra subirão aos pináculos
olhos misteriosos da esfinge eterna
auto-arremesso
les menus detritos sobre nós preocupações.
 
não nos casemos
vamos ser esquerda e direita
da espada de louvor
para becos sem saída e bugigangas
vamos manter o encantamento simples.
 
 
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