O terno amor pelas coisas simples

vida de reboque    
momentos ligados    
ao passar do tempo.        
 
Cardar a lã    
refoca em fibra    
água e luz.     
 
Fluescência de memórias    
movendo algas    
a respiração amarrotada da praia.        
 
Casaco gorduroso    
pôneis marinhos    
seus cascos chacoalham.        
 
Espalhar    
cobras pingando        
grimórios arborescentes.        
 
Na tecelagem tudo recomeça    
fios se sobrepõem    
ponto cruz pisca.        
 
Limpe a planta    
de sua ganga terrena    
dar vida à oferta.        
 
De entre os dendritos    
o fundo do universo é oco    
para perturbadores buracos negros.        
 
Pela macieira    
as abelhas estão fodendo    
o terno amor das coisas simples.        
 
 
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